O cabo da Polícia Militar da Paraíba, Lúcio Edísio Negreiro da Silva, 38 anos, lotado no 10º BPM, foi preso na tarde desta sexta-feira (5), durante uma operação das policias Civil e Militar, na cidade de Campina Grande, Agreste paraibano. Ele é acusado de liderar uma quadrilha que explodia bancos em várias cidades paraibanas. Na granja do policial, armas, bananas de dinamites, notas machadas com tintas e grampos foram encontrados.
Segundo informações da polícia, o cabo vinha sendo investigado após uma onda de explosões a bancos na região e análises de circuitos interno de câmeras de agências bancárias. As investigações eram feitas pelo Serviço de Inteligência do 2º BPM.
De acordo com o comandante da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, o cabo já estava sendo investigado pelo serviço de inteligência da PM e pela Delegacia de Roubos e Furtos de Campina Grande. “Estamos cortando na própria carne. Qualquer desvio de conduta não será aceito de forma alguma pelo Comando da Polícia Militar. Vinte e um policiais já foram excluídos do quadro. Vários conceitos de disciplina e de justificação já foram abertos. Os conceitos se aplicam desde o soldado até o oficial”, afirmou o comandante da Polícia.
O cabo Lúcio Elísio foi encaminhado para a Central de Polícia de Campina Grande, onde foi autuado em flagrante, em vários artigos do código penal, por crime comum. O policial também vai responder medida administrativa aplicada pelo conselho de disciplina da Polícia Militar.
Na granja do policial, que atualmente trabalhava na companhia de Esperança, os cerca de 30 policias civis e militares do 10º e 2º BPM, conseguiram localizar 8 bananas de dinamites, coletes a prova de bala, uma metralhadora CT 40 Taurus Semiautomática, 2 espingardas calibre 12; dois rifles, sendo um calibre 38 e outro 44; e ainda uma pistola calibre 380 – inclusive alguns pertencentes a Polícia Militar do Estado – várias munições (47 calibre 12 e mais 25 de pistola 380) rádios transmissores, roupas camufladas, pés de cabra, drogas e grampos ( utilizados na estrada para impedir perseguição policial).
“O que chamou atenção era que no banheiro da casa encontramos uma bacia com notas de R$ 20 manchadas de tintas utilizadas nos caixas eletrônicos para dificultar o uso após a explosão. As cédulas estavam de molho em Sabão de pedra”, comentou o coronel Souza Neto.
De acordo com a Polícia Militar, todo o material estava sendo alojado em um estábulo particular localizado na granja do policial. A propriedade tinha uma pista de vaquejada particular onde eram realizadas competições.
Uma entrevista coletiva será concedida na manhã deste sábado (6), às 10h, para detalhar as investigações que culminaram com a prisão do policial militar.
Fonte: Andrade Notícias
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