Um momento que durou poucos minutos, mas que jamais sairá da memória da paraibana Maria Lúcia dos Santos. Na manhã desta quinta-feira, durante visita à comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro, o papa Francisco escolheu a casa número 81 da Rua Carlos Chagas. Justamente a residência desta paraibana radicada no Rio, que confessou: "não deu tempo nem de servir um cafezinho".
Por mais que a visita "de médico" tenha sido curta, a dona de casa se sentiu agraciada com a escolha do pontífice. "Sabia que poderia ser a minha ou uma outra casa. Se ele me escolheu é porque eu sou a mais necessitada. Na verdade, quem veio aqui não foi o papa, mas o Espírito Santo", explicou Maria Lúcia, que estava acompanhada de filhos e netos na ocasião especial.
"Jamais imaginei isso", completou, com a residência simplesmente invadida por um batalhão de jornalistas e fotógrafos do mundo todo que se espremiam na sala da dona de casa em busca da melhor imagem, e de um depoimento. "Agora eu preciso descansar", pedia, exaustivamente, sem sucesso.
Maria Lúcia ganhou do papa Francisco um terço abençoado pelo líder da Igreja Católica que, em sua visita de pouco mais de uma hora à Varginha, ainda fez uma oração na igreja São Jerônimo Emiliani, logo na entrada da comunidade, e um discurso para os moradores locais num campo de futebol próximo a casa da dona de casa escolhida.
"Ele entrou e disse: 'que família linda'. Acho que tinha umas 20 pessoas do Vaticano aqui na minha sala", completou, visivelmente orgulhosa. "Acho que depois disso a vida muda, não tem como não mudar. Vou ser uma outra pessoa, mas nem por isso vou ser uma pessoa melhor do que qualquer outro. O exemplo de humildade do próprio papa mostra isso", finalizou.
Fonte: JB
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