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No estado, a Secretaria de Saúde informou que, em 2015, foram registrados 424 casos de sífilis em gestantes. Neste ano, até o início de março, foram registrados 46 casos.
Com relação à sífilis congênita, o Estado registrou 438 casos em 2015, contra os 51 casos neste ano.
No Brasil, durante o ano de 2013, a detecção da doença em mulheres grávidas chegou aos 21.382 casos. Em 2014, a Saúde registrou um total de 28.226 infecções de sífilis em gestantes.
Com relação à sífilis congênita, em 2013 foram notificados 13.704 casos. Já no primeiro semestre de 2014 dados preliminares apontam um total de 16.266 infecções.
Para 2016, o governo trabalha com a projeção de que as notificações de sífilis em gestantes cheguem a quase 42 mil casos no país, enquanto as infecções por sífilis congênita devem superar 22 mil casos entre menores de 1 ano. O cálculo foi feito com base no aumento percentual registrado entre 2012 e 2013, de 25% e 18%, respectivamente.
Os dados nacionais fazem parte de uma nota informativa assinada pelo epidemiologista Fábio Mesquita, atual diretor do departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Segundo o da Sociedade Brasileira de Infectologia, Hélio Arthur Bacha, parte do aumento de casos de sífilis no país estaria relacionado ao padrão de comportamento sexual do brasileiro apresentou mudanças nos últimos anos, com mais pessoas se expondo a situações de risco.
“Uma parcela da nossa população tem práticas sexuais que nem sempre acontecem de maneira convencional. São pessoas que fazem sexo com múltiplos parceiros, que se expõem a práticas sexuais onde não há prevenção, que só chegam ao orgasmo por meio do sexo desprotegido ou que se relacionam com parceiros desconhecidos”, explicou Hélio Arthur Bacha.
Ainda segundo o infectologista, mesmo que uma pessoa contraia sífilis e se trate, ela pode voltar a ter a doença cerca de seis meses após o fim do tratamento.
“A sífilis não é uma doença que, uma vez adquirida, dá imunidade. Ela pode ser tratada e, seis meses depois, contraída novamente. Você pode pegar sífilis inúmeras vezes. O que mais leva à transmissão de mãe para filho, por exemplo, é a sífilis aguda na gestação. A mulher está grávida, se infecta durante a gestação, trata a doença e, três meses depois, pega de novo. Por isso, temos que identificar essa população e fazer um controle melhor”, afirmou o infectologista.
Fonte: Do Portal Correio com Agência Brasil
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